quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

MANCHETES REDUNDANTE


_ Seca ameaça abastecimento de água da cidade.Nível da barragem baixando.Município estuda o pedido de estado de emergência.

_Nada foi definido para o carnaval ainda.Nem o local do evento.Entidades carnavalescas ameaçam nao sair.

_Encontramos uma dívida enorme da administração anterior que vai comprometer nossas promessas de campanha.

-Aumentou consideravelmente o número de acidentes nas estradas e de crimes nesse verão.

_observação :os traficantes e os banqueiros não se queixam de nada.




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FIM DE ANO

E daí?
Estou assustado.Não consigo segurar o tempo que escorre vertiginosamente pelos meus dedos. A semana voa e parece um dia apenas.Mas,já consigo curtir a passagem viva do tempo.
Não quero passar mais rápido do que ele porque eu sou o tempo.Os cristãos comemoram a passagem de 2011 anos ;osjudeus pra lá de 5000 anos;os muçulmanos bem menos de 2000anos .E a Terra está aí,indiferente a essas contagens,no seu rodopio em torno do sol em direção a não sei o quê.E os passageiros dessa nave espacial continuam sem se entenderem e sem perceberem que a estão delapidando e transformando essa viagem existencial em algo perigoso e desconfortável para a maioria dos companheiros que compartilham essa travessia.Até aqueles que viajam na classe executiva não estão livres das consequências dessas condutas e na sua maioria muito contrbuíram para elas.Mas,vamos seguir viagem e nos solidarizarmos com aquela legião de passageiros lúcidos que tudo fazem para torná-la o mais segura e agradável possível e fazer votos para que se iluminem um pouco mais aqueles que olham mas não enxergam.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Alô caros leitores

Estou retornando após longa ausência ,por motivo de viagem às origens que nos ressuscitarão após o Fim sempre que se lembrarem de nós.



-A CARREIRA LITERÁRIA

Está na hora de revelar o secreto desejo de ser escritor. Ingênua e tolamente eu julgava ter condições para tanto baseado baseado na facilidade que eu tinha para me expressar através da escrita e no fato de ler muito.Cheguei a participar de um concurso de contos promovido por uma revista carioca.Desiludido da glória literária resolvi dedicar-me a escrever para mim mesmo,até por uma questão de bom senso já que não há leitor mais deslumbrado dos meus escritos...e fiel.Já procurei um título solene e grandioso para esses rascunhos:Meus Princípios,Folhas Soltas,Idéias e Palpites,Calidoscópio de Idéias,Fugas e Prelúdios.Acabei rejeitando todos porque a cada escolha ,lá no fundo,o meu Juiz implacável sugeria um único título-Idiotices(vou morrer em atrito com esse cara).À medida que o Tempo se escoa,vou me dando conta,desencantado e decepcionado,que me faltam vários requisitos para compor a estrutura de um escritor.Um fundamental-talento,e vários importantes,como imaginação fértil,riqueza de vivências,além de outros secundários-estilo literário,fôlego dialético,espírito de pesquisa e tantos etceteras mais.E a preguiça então? tanto é que passei cinco meses sem escrever nada,seduzido pelo verão,pelas festas de final de ano,pela viagem ao Nordeste e pelo Carnaval.E fiz bem.Poucas vezes fui tão sensato.

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Epitáfio

Aqui dorme Bocage,o putanheiro;
Passou vida folgada e milagrosa;

Comeu,bebeu(.....),semter dinheiro


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O meu epitáfio eu quero assim:

Aqui jaz oMacaco Pensador.

Sob protesto.


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O de Hitler deveria ser asim:

Aqui está Hitler,de onde nunca deveria ter saído.


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O do Barão de Mauá seria:

Aqui está Irineu Evangelista de Souza,que deveria ter esperado mais de um século para nascer.


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Aviso num bar:

Para não haver transtorno

Aqui neste barracão

Só vendo fiado a corno;

Filho da puta e ladrão.

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Divagações

O pássaro rolou nas trevas

As trevas afogaram a luz

O fósforo não queimou no chão.


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Sacode os trapos.Faz bandeira.

Vomita a fome.Mastiga a raiva.

Emprenha o futuro.Queima a figa.

Vê o som.Escuta a luz.

Escreve na carne.Lanceta a dor.

Geme no gozo.Gargalha na cruz.

Morra vivo.



domingo, 17 de outubro de 2010

Exercício dialético

Teoricamente parece-me,no momento,que o determinismo possa ser a lei absoluta que rege o universo.Vejamos.Primeiro:deve-se renunciar à tentação de imprimir propósito moral ou qualquer outro ao processo.Segundo:não se deve pretender previsões lógicas,calculadas,para os fatos consequentes já que os dados implicados no processo são heterogêneos.Alguns são mensuráveis,outros não;alguns são perceptíveis,outros não.Só se tem conhecimento do fato consumado quando no plano dos nossos sentidos que,por sua vez,desencadeia consequências inevitáveis.
Temos,na realidade,potencialidades de alternativas legitimando o livre arbítrio.Mas,como garantir que a conduta aparentemente livre não esteja determinada irremediavelmente pela resultante de todos os fatores conhecidos ou não que possam ter nos "programado",vamos dizer assim?Deve haver uma margem,uma faixa de opções sintonizadas com cada resultante pessoal.Mas não deve haver dúvidas de que haverá uma gama bem mais vasta de condutas totalmente inconcebíveis e imcompatíveis para cada indivíduo e que,logicamente variará no tempo e no espaço já que é fácil de entender que o processo é dinâmico na sua totalidade,já que a ação dos fatores que incidem é constante e rica de nuances.
Se houvesse possibilidade de medir todos esses fatores que plasmam o ser seria possível prever sua conduta numa determinada faixa de certeza,em situações específicas.
Impõe-se levar em consideração a ação incontrolável,em termos de potencialidade, da bagagem genética que não podemos escolher.
Nessa ordem de idéias,quer me parecer que a psicanálise freudiana pega por escassez e a dialética marxista por excesso.
Muitos pensadores e estudiosos basearam suas teorias na idéia da bondade natural,congênita,do homem.Apesar de julgar atraente essa especulação sou inclinado a crer que nascemos sem medida de ordem moral.Nem bons,nem maus,mas com potencialide para tanto.Então somos um "vir a ser",com uma estrutura físico-psíquica fértil para o cultivo dessas propriedades.A genética,talvez,force o equilíbrio para um ou outro lado,porém,sem caráter decisivo.
Bem,então,deve-se concluir que ninguém tem culpa?Não sei.Talvez a superação desses fatores seja o que caracteriza a dimensão humana entre os seres vivos.
Chega.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

PRECE

-- Se eu acreditasse em Deus rezaria assim:

-- Imunizai-me das crenças sectárias, em especial das religiosas.

-- Dai-me morte súbita - se não for pedir demais - dormindo.

-- Protegei os meus entes queridos das suas (Deus) recaídas de humor negro: acidentes, atentados, doenças incapacitantes, incuráveis e seqüestros (como crente eu acreditaria num dos seus atributos em face do qual os outros são redundantes: a onipotência).

-- Se fizer algum outro mundo por aí, puxa, não esqueça de dar os retoques. Leve mais de sete dias. Não entendo essa pressa para quem transita na Eternidade. Só podia dar no que deu.

-- Institua de uma vez na Terra o primado da pessoa, do altruísmo, do desprendimento, da tolerência e da solidariedade, substituindo de vez o atual que se baseia nas coisas, no ter, no egoísmo e na intolerância. Se continuar confiando na transição gradativa nesse sentido, então-não me leve a mal- mas está na hora de se aposentar e deixar as coisas conosco que já temos uma experiência de Terra suficiente, e, ao contrário do Senhor, soberano dos mundos existen-tes e por existir, só nos preocupamos é com ela, a nossa velha e acolhedora Terra.

-- Não permita que um número cada vez maior de seus diletos filhos continuem alheios a suas identidades. Dá-lhes visão interior também. Caso contrário não passrão de carcaças animadas.

-- Protejei as crianças dos conflitos, recalques, complexos, frustrações, despreparo e ignorância de um número cada vez maior de pais.

-- Protejei os pais dos conflitos, recalques, complexos, frustrações, despreparo e ignorância de um número maior de filhos.

-- Vê se dá para substituir os políticos por outra coisa menos predatória, nem que tenha caráter só ornamental.

-- Dê forças e luzes às mulheres para não se envolverem tão ingenuamente nas artimanhas sedutoras dos homens. Dê-lhes respeito próprio. Senso de medida também, para não temerem os homens. Iluminai-as para que percebam que a fraqueza delas não está em nossa força. Se-rá, Senhor, que elas entenderão essa sutileza?

-- Institua um Ato Institucional com o número que quiser, suspendendo a decrepitude, a senilidade, e um outro cassando a impotência... é, a sexual, claro (não consigo alcançar o propósito dessa sua criação. Que troço mais sem graça e de mau gosto!).

Amém

domingo, 10 de outubro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Filosofês

A Morte não existe. A Vida a gente sente, a morte não. Quando a vida se vai, não fica mais nada, a não ser a carcaça em que ela estava alojada e através da qual ela se manifestava. Mas, as pessoas não devem pensar assim, a não ser os fortes, que não têm medo do fim, e, portanto, não necessitam do consolo da continuidade e não haveria religião, que é necessária para o equilíbrio emocional da grande massa humana que não percebe que deixamos algo de nós após o Fim. Deixamos nossa lembrança, nossas palavras, nossos atos, nossos pensamentos, nossas obras. Alguém disse que ao sermos lembrados estamos ressuscitando.